As imagens divulgadas pela transmissão ao vivo da Câmara Municipal mostraram ontem (28) um triste presságio do que as eleições municipais em Taboão da Serra (SP) em 2024 podem se tornar: uma arena de confronto entre apoiadores, ex-funcionários e seguidores das gestões de Fernando Fernandes (PSDB) e da atual de Aprígio (PODEMOS).
Vaias, provocações e até mesmo socos inundaram o plenário da casa, em meio a uma discussão que pedia para que obras e melhorias fossem incluídas no orçamento da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) para o ano de 2024, que ultrapassa a marca de 307 bilhões de reais, como anunciado pelo deputado estadual Gilmaci Santos (REPUBLICANOS), que presidia a sessão.
Esse incidente, se é que podemos chamá-lo assim, destaca de maneira gritante a lamentável pobreza do debate político em Taboão da Serra, incapaz de gerir diferenças e gerar um diálogo construtivo e civilizado.
As constantes interrupções e o comportamento inadequado dos lados impediram que temas cruciais, como educação, combate ao racismo, apoio a tratamentos para doenças raras e outras pautas essenciais para o município fossem devidamente apresentadas ao deputado Santos, que preside a Comissão de Finanças, Orçamento e Planejamento da ALESP.
O orçamento para o próximo ano tem o potencial de impulsionar obras e melhorias essenciais para cidade, mas também atrai uma série de interesses diversos entre o ex-prefeito e o atual gestor, interessados no próximo pleito municipal.
Infelizmente, o que deveria ser uma discussão necessária e fundamentada rapidamente “estancou”em um embate digno de um campo de batalha.
Esta triste cena serve apenas como um lembrete doloroso da falta civilidade e do depreparo de quem já governou ou governa a cidade: ao fim e ao cabo, a cidade pouco ganha, e entre o atual e o antigo, nada além do mesmo.